Fazer Apenas o que se Gosta

Gustavo Rocha
Gustavo Rocha

Parece algo tão simples, mas tão distante da realidade: Fazer apenas o que se gosta de se fazer.

Contudo, gerações inteiras de pessoas que estão no mercado estão adotando esta filosofia, sem filosofar muito sobre o assunto.

Como assim?

Em qualquer trabalho que se faça, sempre haverá o prazer e a parte chata. Nunca é 100%.

Você é professor e ama dar aulas. Ótimo! E corrigir provas? E perguntas idiotas? Ninguém gosta.

Você é advogado e ama atender clientes. Ótimo! E viajar 300 km para ir numa audiência cancelada no dia da sua viagem? E o cliente que liga todos os dias só pra ver se mudou alguma coisa no processo? Ninguém gosta.

Não há 100% de prazer em tudo que se faz, mas sempre há algum prazer naquilo que fizemos.

Obviamente, se você gosta de advogar, extrair um dente não será algo que você gostará se fazer, pois são situações muito diferentes.

No universo profissional, esta realidade é nítida.

Alguns jovens pensam que são o centro do universo – pensam que tudo orbita ao redor deles – e depois percebem que o centro do universo é o sol e não a Terra (algo que Galileu já havia dito há séculos atrás, mas…) e que a função deles é que é importante e não apenas o corpo ou aquilo que representam.

Aliás, muitos (inclusive nem tão jovens assim) esquecem que para uma empresa a função é essencial e o seu trabalho dentro desta função é preponderante para o sucesso da empresa como um todo.

Pensar que é o máximo e que não precisa disto ou aquilo é um problema maior do que apenas egocentrismo.

Quem pensa que não precisa lançar num sistema porque tem tudo na cabeça; Ou, não preciso conversar com outras pessoas, afinal, lido com tecnologia; Ou ainda não preciso atender bem o cliente, posto que todos os dias tenho mil clientes para atender… Está se achando o centro do universo e na verdade, fazendo um baita prejuízo para empresa que trabalha.

Os porquês disto ocorrerem são variados, vai da criação ou não criação de valores pela família, passa por uma escola que virou um comércio, onde notas valem dinheiro, carros, etc e uma sociedade de cargos e valores questionáveis para o amadurecimento dos valores familiares… Ufa! Não é fácil não.

Entretanto, fazer aquilo que se gosta é viável em muitos casos, embora prescinda de trabalho, batalha, dificuldades e muitas vezes fazer o que não se gosta primeiro.

É uma equação complexa, mas não impossível.

E, cuidando do ego, dos valores e das relações interpessoais, tudo fica mais simples, fácil e atingível.

Sobre o autor:

Gustavo Rocha: Advogado Pós-Graduado em Direito Empresarial com mais de 10 anos de vivência no âmbito jurídico. Atuou como gerente de escritórios de advocacia por mais de 4 anos. Experiência nos estados do RS, SC, PR e SP. Presta exclusivamente consultoria nas áreas de gestão, tecnologia e qualidade para escritórios de advocacia, mantendo sua OAB atualizada como ferramenta de luta nos interesses da classe junto a OAB e Tribunais, através das comissões da OAB. Possui publicação em livro pela OAB/SC no livro OAB em Movimento, OAB editora, além de diversos artigos publicados em revistas e periódicos físicos e eletrônicos. Atua também como palestrante em diversos eventos nacionais e ministra treinamentos in company de gestão e tecnologia.

site: www.gestao.adv.br

e-mail: gustavo@gestao.adv.br

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