Como a revolução das mulheres de diversas gerações tem mobilizado o mercado de trabalho de forma significativa

Paulo Paiva
Paulo Paiva

O feminismo, desde sua primeira expressão, vem se reafirmando como um movimento social que, assim como outros, desenvolve ações de ruptura estrutural-simbólica com os mecanismos que perpetuam a desigualdade social e estruturam os pilares da dominação patriarcal capitalista na contemporaneidade.

Dialogar com essa história do feminismo nos faz identificar, em suas estratégias e reivindicações, os elementos que unificam a luta das mulheres com um processo de transformação radical das relações sociais em demostrar, por meio das mudanças de gerações, seu crescimento no mercado de trabalho.

A luta das mulheres e suas conquistas começou com o mito Joana D’Arc, durante o período medieval. Desde então, o movimento feminista tem se reforçado de gerações em gerações com resistência, força e coragem na busca por uma maior equidade ao movimento masculino.

Com o passar do tempo, as mulheres tornaram-se símbolos de conquistas e de poder na sociedade com uma participação ativa, e com isso são marcadas com características especificas em suas gerações X e Y.

Mulheres das gerações X (36 a 56 anos): fazem parte do avanço feminino no mundo do trabalho. Abriram as portas para as novas gerações, enfrentaram e ainda enfrentam o machismo do ambiente do mundo dos negócios, mas se destacam muito mais hoje como empreendedoras, administrando empresas de pequeno e médio porte em diferentes segmentos.

De acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial, a igualdade de gêneros só será possível em 2095 e a disparidade, quando se trata de participação econômica e oportunidades para as mulheres, gira em torno de 60%. O Brasil está em 124º lugar, entre 142 países, no ranking de igualdade de salários.

A mulher da geração X, não diferente do homem, colocou o emprego em primeiro lugar e se dedicou durante toda a vida para chegar a um patamar que considera satisfatório na hierarquia organizacional.

Um dos fatores das mulheres da geração X que durante muito tempo foi perceptível no ambiente organizacional foi sua “masculinização”. Isso muito tem a ver com as regras do ambiente empresarial, que eram totalmente masculinas. As formas de vestimenta tiveram que se adequar a consumição, ao controle das emoções. Tudo repaginado e interiorizado para se tornarem mais competitivas.

Mulheres da geração Y (16 a 35 anos): estão ganhando cada dia mais espaço e autonomia no mercado de trabalho e vêm protagonizando e assumindo cada vez mais posições de liderança nas organizações.

Estas mulheres são inquietas, competitivas, empreendedoras e estão sempre em busca de conhecimento, além de utilizarem a tecnologia a seu favor.

Hoje, há um número muito alto de youtubers e vlogueiras entre 16 e 25 anos que utilizam seus canais e redes sociais como ferramentas para a divulgação e demonstração de seus serviços, além de abordarem temas relacionados a comportamento, cotidiano, experiências, dicas de moda e maquiagem, carreira, motivação, entre outros.  Com seus canais, conquistam milhares de inscritos e seguidores, gerando desta forma negócios e fazendo disso uma fonte de renda.

É importante ressaltar que o mercado profissional feminino é emergente e que as mulheres têm estudado e se profissionalizado mais que os homens. Já se fala que o Brasil do futuro será mais rico e mais feminino até 2030.

As mulheres da geração Y estão esperando mais tempo para terem filhos e focando em seus estudos, em sua formação e se dedicando a sua carreira. De acordo com o estudo “Conte com Elas”, realizado pela Editora Abril e Movimento Habla em agosto de 2012, as mulheres compõem 60% da população graduada e 51% da pós-graduada no Brasil. Uma evolução na sociedade! Porém, ainda há diferença entre o salário de homens e mulheres, não havendo o devido reconhecimento que elas merecem.

Esta é uma geração transformadora, focada em seus valores, e a busca por espaço e igualdade é uma de suas maiores lutas, causando grande impacto nas empresas. Com o crescimento profissional, e quando alcançam cargos de gestão e liderança ao ganharem autonomia e reconhecimento, começam a tomar suas próprias decisões e trilhar os seus caminhos!

O que fica claro nessas gerações é a mulher assumindo seu papel como protagonista de sua própria história e na luta por seu espaço ao sol.

Sobre o autor:

Paulo Paiva é Psicanalista, Palestrante e Coach. Especialista em Gestão de Pessoas, Paulo impulsiona as pessoas a alcançar resultados em suas carreiras, trabalhar em equipe, vencer desafios e solucionar problemas, tornando-as melhor a cada dia e compreendendo o seu verdadeiro papel diante do universo.

site: www.paulopaivapalestrante.com.br

* As ideias e opiniões expostas nos artigos e matérias publicados no Portal RHevista RH são de responsabilidade exclusiva de seus autores.

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