Dia das mães – Entre mamadeiras e reuniões

Andrea Deis

Mulheres executivas crescem nas empresas do Brasil e precisam conciliar a vida profissional com a pessoal

Estudo apontou que empresas com mulheres em seus conselhos de administração têm Ebitda 47,6% superior.

Ebitda é a sigla em inglês para earnings before interest, taxes, depreciation and amortization, que traduzido literalmente para o português significa: “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização” (Lajida).

As mulheres ocupam somente 5% dos cargos de direção nas grandes empresas latino-americanas, segundo um relatório apresentado em São Paulo pela multinacional britânica holandesa Unilever, durante o Fórum “Momento Mulheres”.

As mulheres executivas ganharam no ano passado 27,1% a menos que os homens que ocupam o mesmo cargo, contra 26,3% em 2011, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

As mulheres têm desempenho melhor que os homens na escola, e como têm índice menor de evasão e repetência concluem o curso mais que eles .

As mulheres escutam melhor que os homens, negociam mais, são estrategistas natas e muito analíticas, porém são menos pragmáticas e mais afáveis.O homem é pragmático, focado, menos disperso com alto grau de competitividade e resultado, por isto conquista mais visibilidade. Na composição executiva das 345 empresas consultadas, somente 8% têm a participação de mulheres.

Segundo a gestora de carreiras Andrea Deis, a mulher corre risco de forma mais planejada e calculada, pesquisa mais, vai atrás, busca informações, cuida dela, da família, da equipe, do cachorro, dos filhos, do supermercado e é frágil, menos reconhecida, hoje, é tão qualificada quanto o homem que são mais “afoitos”. A mulher se descobriu empreendedora, quebrou vários paradigmas, conquistou o direito ao voto, o direito a mesma carga horária de trabalho, o direito carteira assinada, direito esse que homens não precisaram conquistar, já nasceram com eles; e até altos cargos públicos elas já conquistaram, contudo, ainda, ocupam um espaço bem menor no mercado. O que falta para o mundo é um olhar atento a estas mulheres, um olhar e ouvidos críticos, pois certamente quem mais esta perdendo é o mundo.

O que vem sendo concluído com os estudos sobre elas, é a dificuldade que têm em separar casa-fábrica ou vida pública-privada, não costumam separar emoção da razão, mesmo em se tratando da participação no mercado de trabalho e na população economicamente ativa. A mulher possui maior sensibilidade e tem um jeito diferente de lidar com os negócios, possui maior capacidade de gerir e gerenciar. A durabilidade do negócio da mulher é maior e ela pode competir de igual para igual com o homem, ou até melhor, em muitos setores.

“A mulher precisa adquirir sua independência emocional e acreditar mais no seu senso de realização. Precisa parar de se culpar e entender que a responsabilidade dela é a mesma que a do outro e que as obrigações devem ser compartilhadas” afirma Deis.

Conheça as dicas da gestora Andrea para o sucesso na carreira feminina:

Separe seus objetivos e priorize-os de acordo com carga horária e tempo.

Se entregue em cada ambiente ou setor integralmente.

Organize sua vida pessoal, inclusive as estratégias para atender as urgências solicitadas. Ainda encaram que os filhos são da mãe e quando ocorrem urgências é para ela que correm.

Distribua as atividades domésticas, não absorva tudo. Supermercado, dentista, pediatra, vacinas e ainda uma executiva de sucesso. Entenda que temos limites e quando esgotados acabamos limitando nosso potencial e oferecendo muito menos que nossa capacidade.

Organize anseios e prioridades numa escala cronológica, é impossível fazer tudo ao mesmo tempo com boa qualidade.

Não se envolva emocionalmente com situações alheias, separe dever, responsabilidade e comprometimento.

Se posicione com intensidade.

Não se esqueça que você nasceu para ser Feliz, faça o que lhe traga felicidade e prazer!

Sobre a Autora:

Andrea Deis é gestora de carreiras, que tem mais de 15 mil horas de atendimento e palestras, além de pedagoga, é orientadora vocacional e gestora empresarial pela Fundação Getúlio Vargas.

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