Nossa presença nas redes sociais

Celso Gagliardo

Um dos maiores momentos de stress que uma pessoa passa é quando é desligada do seu trabalho, demissão não esperada. E quando o desligamento vem num momento de recessão, então, é de doer ainda mais.

Esse momento de ruptura, muitas vezes tratado como evento corriqueiro por organizações, é impactante. Afeta o desligado, seus amigos, colegas, família. O trabalho honesto edifica, é mais que o sustento do lar, é realização para muita gente.

Apesar de todo o impacto é imprescindível que o profissional em recolocação se mantenha focado, controlado, e não se desespere sob pena de agravar ainda mais a possibilidade de recolocação.

Temos visto pelas redes sociais, especialmente no Linkedin, relatos emocionados e emocionais de pessoas afetadas pelas agruras do desemprego, que passam a criticar o sistema de trabalho, empresas, os RHs (profissionais de Recursos Humanos),as agências de emprego, governos e governantes.

Creio não ser esse o meio adequado ao debate, se esse é o objetivo. Na rede social damos nossa opinião de forma escrita, e não é possível debater, justificar, detalhar melhor como pensamos e agimos. Isso leva a interpretações distorcidas sobre o nosso perfil, podendo passar a possíveis contratantes uma imagem negativa e irreal, de agressividade, revolta ou descontrole emocional. Sem resiliência, para usar um termo da moda.

Por isso tudo é de bom tom moderarmos os comentários e manifestações, especialmente nos momentos em que estamos mais afetados por tudo o que nos cerca. Motivos existem, com certeza.

Quem procura conhecer melhor o candidato quer saber como ele pensa profissionalmente. De quais projetos participou e os resultados que conseguiu. Ficar desabafando pode trazer consequências negativas à imagem. Recomenda-se cuidado e prudência nas manifestações pessoais em rede. Isso pode ser interpretado desfavoravelmente ao autor.

Sobre o Autor:

Celso Gagliardo militou em RH por 29 anos, empresas médias e grandes.

e-Mail: gagliardo.celsoluis@gmail.com

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