A felicidade laboral veio para ficar

Rafeek albertoni

A felicidade laboral está na moda. Se uma empresa quer estar no topo dos avanços para conseguir uma alta rentabilidade de seus colaboradores já pode ir se preparando, porque mais do que moda ou tendência, a felicidade laboral é a bola da vez. É como a questão do aquecimento global: no começo ninguém queria acreditar. Logo, as evidências cientificas começaram a dar credibilidade ao assunto e, finalmente, chegamos ao ponto em que ninguém com um pouco de juízo pode negá-lo.

A realidade está se impondo. As melhores empresas para se trabalhar – que consequentemente abriga os empregados mais felizes – atualmente são as mais produtivas e de melhor sucesso mundial.

Não é nenhuma coincidência que empresas como Apple, Google, Johnson & Johnson, Microsoft, etc., coincidam tanto no relatório das empresas com mais rendimentos na bolsa, quanto no relatório das melhores empresas do mundo para se trabalhar, o chamado “Best Place To Work”. São empresas com culturas corporativas voltadas para as pessoas e por isso são sistemas naturais de atração de talento.

A utopia feita realidade

Os modelos de liderança e de gestão de pessoas seguem evoluindo e agora se apresenta este novo desafio. É claro que, no fundo, sabemos que não vamos ao escritório para sermos felizes, e sim para sermos produtivos e rentáveis. Mas a pergunta é: por que não podemos consegui-lo sendo felizes?

Normalmente, em algumas organizações, a felicidade está associada com a ideia de diversão e ócio, o que aparentemente se contrapõe ao conceito de produtividade. No entanto, ser feliz no trabalho não é andar pelos corredores do escritório rindo e dando pulinhos, mas sim ter liberdade para executar aquilo que se sabe e deseja fazer. Sim, liberdade, porque se não existe liberdade, não existe autonomia, e sem autonomia não se fomenta a responsabilidade individual.

E se por um lado essas empresas exemplares instalam áreas de ócio e jogos para relaxamento dos empregados, por outro – e esse é o seu grande diferencial – implantam a cultura do Empowerment, que favorece a descentralização de poderes e dá uma maior participação dos trabalhadores nas funções da empresa, aumentando assim seu compromisso e criando um maior engajamento de todos na consecução dos objetivos.

Nem tudo é dinheiro

Claro que as pessoas trabalham por dinheiro, mas centrar toda a artilharia só nessa questão não é suficiente, porque além de errar, o tiro sai muito caro. O salário é como um profilático que serve para prevenir a doença da insatisfação laboral, mas não serve como único recurso para curá-la. Eu, como consultor e coach pessoal, cansei de ver executivos com um salário tão alto quanto seu nível de infelicidade. Um bom salário é mais motivador quando vem acompanhado de reconhecimento, independência e responsabilidade. Definitivamente quanto mais pessoas satisfeitas e engajadas você tiver na sua equipe, maior será a produtividade e, consequentemente, a rentabilidade, e quanto mais rentabilidade, mais felicidade para repartir entre todos.

Muitas vezes a gente se pergunta se existe vida depois da morte, quando na verdade o correto seria perguntar se existe vida antes da morte. Cada empregado passa mais de um terço da vida no trabalho, e desenvolver uma cultura laboral baseada na felicidade evitará a criação de zumbis que parecem que estão com você, mas já estão no além.

Sobre o Autor:

Rafeek Albertoni é palestrante motivacional e de habilidades empresarias há mais de 10 anos, já tendo inspirado milhares de pessoas no Brasil, América do Sul e na Espanha, onde vive há 20 anos. Consultor, empresário, ator e autor, sua marca registrada é apresentar suas palestras com criatividade, arte, humor e mágica, que garantem resultados eficientes, duradouros e satisfatórios para empresas e profissionais.

Site: http://rafeekalbertoni.com/pt/

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