Nestes meus quase 25 anos na área de Recursos Humanos, entre estudos e trabalho, sei que existem muitos questionamentos ao profissional durante a entrevista de emprego. Uma das questões mais delicadas e que tenho visto junto à maioria dos candidatos é quando questiono a respeito de sua pretensão salarial.
A entrevista é mais ou menos parecida com um encontro entre duas pessoas em uma festa. Digamos entre um rapaz e uma moça onde um tem interesse no outro. Então, faz-se várias perguntas para saber se as suas opiniões, maneira de agir, gostos agradam ou se adaptam aos seus.
Se o perfil daquela pessoa se encaixa nas expectativas que desejo encontrar em alguém.
Um quer saber a respeito da outro, para depois decidir se aquela pessoa será seu namorado(a) ou não… Naquele momento ou não… Se tem as ambições que desejo encontrar no outro.
Uma das perguntas neste namoro entre entrevistador e entrevistado é a sua pretensão salarial. Funciona mais ou menos porque desejamos saber se aquele candidato se enquadra na faixa que desejamos oferecer. E em alguns casos uma elasticidade para aumentar ou diminuir um valor negociável.
O que eu aconselho aos candidatos é primeiro fazer uma pesquisa salarial de sua profissão no mercado de trabalho (normalmente em grandes jornais vem a tabela).
É importante que o candidato verifique quanto pagam na pequena, média e grande empresa, sempre existe essa variação e, deve então, identificar em que categoria se enquadra a empresa que está pleiteando determinada vaga.
Deve, principalmente, verificar em que categoria ele, o candidato, se enquadra em sua profissão. Ou seja, se está começando ou se já é um profissão experiente na carreira.
Aconselho caso o candidato não tenha idéia dos valores do mercado, não chute!!! Veja qual o salário realmente deseja receber (com coerência), baseado em quanto ganhou até a presente data, a sua qualificação para tal salário…
Questione: você é formado? Fez cursos extracurriculares? Tem quantos anos de experiência no mercado? etc. É mais fácil fazer referência a seu ganho atual ou mais recente e mencionar um discreto aumento.
Nem pense em aceitar abaixo da média simplesmente por estar desempregado. Porque daqui a alguns meses você irá estar na mesma situação de agora: procurando algo melhor. Ou pior ainda: ganhando pouco, reclamando e sendo muito infeliz.
Outra dica, após situar seu salário no mercado, é nunca dizer o valor em números e sim em salários mínimos. E, de preferência, citando a faixa salarial que você se enquadra. Responda a pergunta do entrevistador dizendo: “Desejo ganhar de 8 a 10 salários mínimos”. Isto dará uma margem negociável para ambas as partes. Favorecendo, assim, uma circunstância onde a empresa poderá lhe pagar um pouquinho mais e/ou você poderá aceitar um pouco menos. Sem que ambos aceitem ofertas que não irão ser satisfatórias.
Se autopromover em excesso também é furada! Mesmo que consiga enganar o recrutador, a empresa vai lhe arrancar o couro querendo ver tudo que vc prometeu e disse que era capaz de fazer (e na verdade não é!).
Pense nisso: nós recrutadores temos interesse em avaliar a noção de valor que o candidato tem em relação à posição que vai ocupar. Que valor ele se agrega? Como ele se “vende”, se é alguém agregador ou não…
Sabe por quê? Porque somos indiretamente responsáveis pelos profissionais que indicamos para a contratação e na falha deste a primeira pergunta do Gestor Geral de RH, do diretor ou do presidente da empresa será: “-Quem trouxe esse sujeito pra cá?”
Aí vão lembrar rapidinho do recrutador!!!!
Abraços e fique bem…
Sobre a autora:
Rita Alonso: Professora de Recursos Humanos da Universidade Estácio de Sá há 20 anos. Instrutora dos Cursos do SEBRAE, SENAC e SESC. Funcionária há 25 anos da Riotur/Controladoria Geral do Município. Desenvolve trabalhos de consultoria organizacional, ministra treinamentos e palestras motivacionais.
Site: www.ritaalonso.com.br
e-mail: ritaalonso@ritaalonso.com.br
COMO ME ORGULHO DE VC. ACHO QUE EU SÓ TE DEI O EMPURRÃO QUE PRECISAVA. VC JÁ ULTRAPASSOU E MUITO AQUELA MOÇA DE BOTAS E ANDAR CONFIANTE. PARABÉNS !
Ótimo artigo, gostei muito de conhecer esta dica sobre o que responder ao empregador sobre nossa pretensão salarial.
A dica de salário não poderia ser melhor pois existem muitas pessoas que preferem falar um valor abaixo do merecido para ver se fica com a vaga. Gostei muito parábens!
😥
Vc é maravilhosa,sempre dando dicas boas para as pessoas.gostei do
texto.Vou continuar lendo seus artigos.Parabens Rita.
Muito bom este artigo, pois é sempre um dilema para nós candidatos, respondermos a esta pergunta. Ainda mais em um mercado tão competitivo em que algumas empresas, geralmente contratam que aceita ganhar menos!
Conheço um site que também fornece informações sobre a média salarial das profissões, tanto no estado em que candidato resida quanto a nível nacional, http://www.curriculum.com.br
Basta ser cadastrado no site para obter estas e algumas outras informações (gratuitamente), além dos serviços pagos, opcionais aos usuários.
Parabéns pelo artigo, Profa.!
🙂
💡 Ótima a idéia de “Desejo ganhar de 8 a 10 salários mínimos”. !!!!, a questão de “auto promoção” também é muito perigosa, devemos tomar cuidado !
ótimo artigo, parabéns !!
Maravilhosa orientação, Rita. Parabéns!! Com certeza um exelente tema e que muitos, realmente não se comportam da maneira correta diante de tal pergunta do recrutador. Isso realmente me ajudou para uma eventual troca de emprego num futuro!! Abçs!! 😛
Professora Rita,
Saudações!
Você esgotou bem o assunto. Quem seguir as orientações acima, certamente logrará êxito na colocação. Mas, nas empresas que tem plano de Cargos e Salários, o recrutador, de antemão, sabe até onde pode negociar. Após avaliar se se enquadra dentro do perfil pretendido pela empresa, o candidato deve procurar se enquadrar dentro do que o mercado paga e dentro do que ele entende que merece, devendo avaliar o salário indireto e as perspectivas de progressão funcional. Muitas vezes o salário indireto é mais compensador, pois que isento de IRRF. Parabéns.
Prof. Rita,
,
muito interessante o texto.
simples, mas onjetivo. mostra as duas facs da “moeda”: a responsabiçlidade do recrutador (contratar alguem que interesse à empresa e que se sinta motivado) e do funcionário (estar motivado e desempenha suas funçoes de forma positiva).
abs.
Olá Rita, parabéns pelo texto objetivo e orientador para uma futura entrevista de emprego.
Rita, adorei! São orientações preciosas, principalmente porque a entrevista assusta e quem procura emprego fica muito nervoso, acho que até esquece o próprio nome. rsrsrsrs
Gostei do texto, pois é bom de ler. Objetivo naquilo que informa e acima de tudo dá um puxão de orelhas naqueles que aceitam um remuneração abaixo da realidade, pois não entendem que naquele momento pode salvá-lo (desemprego), mas em outro poderá matá-lo (quando quiser melhorar não encontrar oportunidades).
Vejo isto no meu dia-a-dia, quando tenho contato com profissionais que aceitam barganha seus valores, abaixo em muito da tabela e depois lamentam por não serem reconhecidos, mas a culpa e deles mesmos, que não reconhecem seu valor.
gostei da abordagem prática e objetiva de um tema sempre tão delicado. muitas vezes os candidatos ficam “gelados” só de prever que o entrevistador fará essa pergunta. o medo de ser “desclassificado” por causa do salário, faz com que os candidatos se mostrem diferentes do que são. o importante e não se valorizar a mais ou a menos. parabéns pelo artigo!
Acho interessante antes de se apresentar para a entrevista procurar saber o perfil da empresa e se possível o valor salarial que eles oferecem para a atividade que a pessoa pretende concorrer á vaga. Daí é uma questão de “feeling” durante a entrevista.
ANA LUÍSA BREGA DE ALMEIDA- Procuradora Federal
Olá Rita, pediu um comentário, ele aqui vai. Para uma professora com todos esses anos de lecionado não poderia estar melhor, bem explicado, resumido e de fácil compreenção para quem quiser saber o que fazer numa dessas situações de busca de um novo emprego.
Um abraço,
Alberto Fonseca
é uma das primeiras coisas q tem q ser avaliada pela pessoa q vai recebero salario.
Rita, como sempre, você deu dicas valiosas. Amei o texto!!
Gosto muito de ler os seus artigos!!!
Um abraço,
Gabriela.
Rita,
Seu texto contém ricas dicas sobre como comportar-se em uma entrevista, digo: se realmente o cargo pleiteado está de acordo com o perfil do candidato, melhor ainda, será que o candidato está habilitado a ocupar o cargo que almeja, sua qualificação justifica seus proventos? Em outras palavras: ele realmente sabe fazer o trabalho a que está se propondo e contabilizar no final do mês o salário contratado?
Se os argumentos citados acima forem definitivamente correspondidos, ótimo parabéns você fez um ótimo trabalho. Caso contrário, “-Quem trouxe esse sujeito pra cá?”
Conte comigo.
Sucesso
Issa Calife
Gostei muito mostra que o candidato deve saber se valorizar e saber exatamente o que procura. muito bom
Cometário com correções. 1. Profª Rita Alonso, primeiro em relação a proposta de emprego o candidato tem que procurar conhecer à empresa que quer trabalhar, segundo ter o perfil e pré-requisito profissional exigido. Em conversa com recrutador saber se a empresa oferece oportunidade de crise. Então seguir toda as dicas que á senhora faz em seus com etários. Ao preencher a ficha de emprego, colocaria na pretensão salarial (retesencia). No aguardo do entrevistador mencionar o valor que pode oferecer ao profissional. No que refere ao exemplo, prefiro abrir uma outra discursão!
Um forte abraço.
Profª Rita Alonso, primeiro em relação a proposta de emprego o candidato tém que procurar conhecer à empresa que quer trabalhar, segundo ter o perfil e pré-requesito profissional exigido. Em conversa com recrutador saber se a empresa oferece opotrunidade de creser. Então seguir toda as dicas que á senhora faz em seus cometários. Ao preencher a ficha de emprego, colocaria na pretensão salarial (retesencia). No aguardo do entrevistador mencionar o valor que pode oferecer ao profissional. No que refere ao exemplo, prefiro abrir uma outra discursão! 😀
Um forte abraço.
😉 Boa alternativa citar em número de salários mínimos. Apenas acho recomendável que o candidato leve na ponta da lingua o valor do salário mínimo para o caso do recrutador perguntar. rsss acontece. Eu mesma já tive que responder. Uma vez aprovado no recrutamento, lembrar que ser convidado para uma festa pode ser uma forma de “dinâmica de grupo” escolhida após a entrevista. Nesse caso, ser você mesmo lhe dará maior probabilidade de preencher a vaga. Que tal abordar essa etapa, Rita, incluindo perfil de orkut, facebook, twitter. A festa, por exemplo, pra mim, foi novidade. Bjs.
O artigo orienta o candidato a saber da melhor maneira o seu valor no mercado, a forma correta de negociar o seu futuro salário,pq tenho visto muito, os candidatos por estarem desempregados, não pesquisarem corretamente o salário de sua função no mercado, não levar em consideração também o porte da empresa, aceitar o que lhe é oferecido, e depois de 1(um) mês de trabalho já estar desmotivado, reclamando de tudo e tornando ambiente de trabalho para ele principalmente, e para os outros muito pesado. Vamos seguir as oirentações da Rita sem dúvidas são ótimas.
Muito bom o texto. Aponta a realidade.