Chegou a Hora do Reajuste no Plano de Saúde, e Agora?

Sheila Hojda
Sheila Hojda

As novas regras para planos de saúde empresariais determinam a aplicação de um reajuste anual. Se você tem uma boa consultoria de benefícios lhe assessorando, provavelmente já terá uma idéia do índice que será proposto e da estratégia de negociação com a operadora neste momento. Caso contrário poderá ter uma péssima surpresa seguida de uma difícil negociação.

Infelizmente, muitas empresas só tomam conhecimento das informações relacionadas ao seu desempenho de sinistralidade no momento da negociação. Vale a pena destacar que as operadoras e consultorias tem a responsabilidade de apresentarem as informações periodicamente, a fim de decidirem em conjunto com a empresa quais as ações e ferramentas que poderão ser aplicadas antecipadamente.

Tenho percebido nas negociações que os índices de reajuste, estão cada vez mais elevados e os diagnósticos tendem a demonstrar que o cliente é totalmente responsável por um mau desempenho do contrato.

Acredito que é chegado momento de cada um assumir o seu papel; A operadora, fazer uma justa precificação no momento da venda, apresentar periodicamente informações de utilização, oferecer soluções de gerenciamento de risco e monitoramento para o cliente. A consultoria, exigir que a operadora apresente as informações dentro dos prazos contratados, transformar estas informações em indicadores, propor e planejar ações que auxiliem o equilíbrio financeiro do contrato e representar a empresa de forma técnica junto a operadora. Por sua vez a empresa deve estar alinhada com sua consultoria em relação aos objetivos definidos em conjunto, oferecer condições para que as sugestões apresentadas sejam aplicadas de fato e entender que nem todas as negociações trarão economia imediata para a empresa.

Pelos motivos acima, peço sua especial atenção para alguns pontos importantes:

  • Desconfie de preços muito baixos na hora da contratação de um plano de saúde;
  • Exija relatórios e informações mensais sobre seu desempenho de sinistralidade;
  • Verifique se a consultoria está avaliando seus dados e propondo soluções;
  • Conheça todas as ferramentas que a sua operadora de saúde oferece para auxiliá-lo na gestão do risco;
  • Verifique se o período analisado corresponde ao período correto definido em contrato;
  • Conheça detalhadamente todos os motivos que elevaram seu sinistro;
  • Antes de negociar com a operadora tenha uma estratégia definida com a sua consultoria de benefícios;
  • Busque sempre um equilíbrio na negociação, para evitar um rompimento desnecessário com a sua operadora, que poderá prejudicá-lo no futuro;
  • Desconfie da consultoria de benefícios que deixa a negociação em suas mãos.

Boa sorte em suas negociações!

Sobre a autora:

Sheila Hojda é Socia-Diretora da 4Health – Inteligência em Saúde e Benefícios e atua há 15 anos na área de relacionamento e gestão de risco em consultoria em benefícios.

Site: http://www.4healthconsultoria.com.br

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