A Arte de Extrair o Melhor do Indivíduo

João Ricardo
João Ricardo

Muito se fala, desde quando a globalização possibilitou o acesso por todos, a diferentes tipos de produtos em condições mais favoráveis, que a vantagem competitiva das empresas estaria nos indivíduos que delas fazem parte. Além de manter a sustentação, seriam eles, através do bom desempenho e principalmente da inovação, que seriam capazes de trazer a vantagem em relação ao concorrente.

Peter Drucker, o ícone da administração, foi precursor dessa linha de pensamento, ao afirmar: “A competitividade das empresas está na soma das competitividades individuais das pessoas que compõem seus quadros”.

A questão é: Como fazer com que os indivíduos sejam competitivos a ponto de responderem com altos índices de desempenho e inovação, capazes de representar reais diferenciais para as organizações?

O segredo está na capacidade de extrair o melhor de cada um, primeiramente desenvolvendo o seu potencial latente, transformando-o em competência.

Sob essa afirmativa, os supervisores e gestores possuem um papel fundamental. São eles que tocam o dia-a-dia com suas equipes e de acordo com suas habilidades de liderança e gestão, as pessoas serão influenciadas a obterem desempenho superior. Cabe frisar que desempenho é o resultado da ação intencional decorrente da aplicação de competências.

Para melhor entender o importante papel dos líderes/gestores, a questão é que cabe principalmente a eles, a observação do desenvolvimento, dos agentes motivadores e das expectativas individuais, alinhando-as às necessidades da organização.

Sabemos que motivação pode ser simplesmente traduzida como motivos para agir. A partir desse pressuposto, podemos afirmar que os indivíduos são compelidos a agir de acordo com seus motivos internos, influência externa e ambiente.

Sem pormenorizar as principais teorias defendidas por Maslow, ou Hersberg, podemos dizer resumidamente que as pessoas agem porque querem satisfazer suas necessidades e objetivos, buscam, ou esperam algo.

Quanto às expectativas, via de regra, os indivíduos maduros esperam das empresas:

  • Justiça salarial interna e externa
  • Benefícios suficientes para que não provoquem insatisfação pela ausência
  • Transparência e comunicação eficiente
  • Possibilidade de evolução profissional
  • Boa liderança
  • Bom ambiente de trabalho
  • Segurança
  • Desafios e metas
  • Respeito
  • Valorização e reconhecimento

Embora o assunto não encerre apenas nessas questões, pois teríamos de falar muito particularmente sobre a gestão de desempenho, os aspectos abordados, se bem observados, são uma fonte inesgotável de pressupostos para angariar o comprometimento, gerar confiança, administrar conflitos e facilitar as negociações individuais e coletivas. Se observados com atenção, respeitada a singularidade de cada organização, o gestor de pessoas, juntamente com os principais líderes da organização, poderão definir estratégias de alinhamento mais eficazes de acordo com o planejamento da empresa, e consequentemente obter melhores resultados.

Sobre o autor:

João Ricardo Freitas de Andrade, atua a 18 anos na área de RH; é administrador, pós-graduado em gestão estratégica empresarial, assessor na área de gestão de pessoas, da empresa: WEB FOLHA – Administração de Depto Pessoal e Folha de Pagamento de Terceiros.

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