Profissional bom se conhece pelo fruto?

Jozy Machado
Jozy Machado

Como você avaliaria um bom profissional? Como o mercado faz ou deveria fazer a distinção entre quem é bom e quem é ruim em determinado setor? Leia a parábola abaixo e descubra o que Cristo nos ensina a esse respeito.

Cuidado com os falsos mestres que vêm disfarçados em ovelhas inofensivas, mas são lobo, e vão despedaçar vocês. Vocês podem descobri-los pela maneira como agem, tal como podem identificar uma árvore pelo seu fruto. Vocês nunca confundirão uma videira com um espinheiro! Ou fígados com cardos! As diversas qualidades de árvores frutíferas podem ser rapidamente identificadas pelo exame do seu fruto. Uma árvore que dá bons frutos nunca dá um fruto que não se pode comer. E uma árvore que sempre dá frutos ruins nunca dá um fruto que se pode comer. Por isso, as árvores que têm um fruto que não se come são cortadas e atiradas no fogo. Sim, o meio de identificar uma árvore ou uma pessoa é pela qualidade do fruto que dá

(Matheus 7:15-20)

Acredite, a qualidade de seu trabalho reflete quem você é e que tipo de profissional você é. Se quisermos conhecer um profissional, basta olhar para a qualidade dos resultados que tem gerado, através do trabalho que tem feito. Para conhecer mesmo um profissional, não adianta escutar o que ele diz que vai fazer ou olhar apenas para o que fez no passado. Seu histórico não é garantia de que continuará sendo bom.

Assim como na parábola, existem muitos falsos profissionais que se camuflam com pele de cordeiro, mas que são como lobos vorazes. São piores do que aqueles que se manifestam como lobos desde o início. Desses, pelo menos, nos acautelamos desde o princípio. Os falsos profissionais são, geralmente, dissimuladores. Em dinâmicas de grupo ou em reuniões de diretoria, na frente de diretores, superiores, mostram-se cooperativos, parceiros, compreensivos, verdadeiros líderes. Mas quando voltam ao exercício diário de seus cargos, produzem os frutos condizentes com as árvores que são.

As árvores ruins frustram, decepcionam, principalmente porque muito é investido nelas: água, cuidado, tempo, adubo. E na hora da colheita, o que as empresas colhem são frutos ruins, podres, amargos, com pouco sumo e débeis. A parábola é bem clara quanto ao fim das árvores que produzem maus frutos: o fogo. Profissionalmente falando, este fogo tem um nome: desemprego. É isso mesmo: árvore ruim é jogada na rua. São cada vez mais raras as empresas que preferem manter árvores ruins em seus campos. Nem mesmo por sentimentalismo ou parentesco. As empresas modernas, profissionais e competitivas não se permitem sustentar essa plantação de árvores ruins.

Felizmente, na vida corporativa, assim como na vida espiritual, as árvores ruins podem ser reciclada, ou geneticamente (mentalmente e espiritualmente) modificadas para se transformar em boas árvores, que dêem bons  resultados, ou seja, bons frutos. Sem dúvida isso exigirá do profissional muito esforço, dedicação, empenho, estudo e treinamento- principalmente muito treinamento. Afinal, o grande desafio da renovação de alguém está na mudança de hábito, e não na mudança de idéias.

Como na parábola, existem também aqueles profissionais que não são ruins, mas estão no lugar errado, na plantação errada, tentando produzir um fruto que são incapazes de gerar, até por uma questão de vocação. Muitas vezes esses profissionais  não podem ser classificados como árvores ruins, mas inadequadas. As empresas querem figos, e eles só podem gerar maçãs. É um caso de mudança de setor, de área ou mesmo de empresa. Mas não se iluda: a avaliação de quem é bom profissional nunca é feita pela promessa, mas pelo resultado, pelo fruto.

E você, que tipo de frutos você tem produzido?

Sobre a autora:

Jozy Machado é Graduada em Gestão de Recursos Humanos, consultora na área de Rh e seus subsistesmas, estudiosa dos autores Daniel Goleman, Paulo Angelim, entre outros.

e-mail: jozymachado@zona8.com.br

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21 Respostas para "Profissional bom se conhece pelo fruto?"

  1. Sou fã de analogias e metáforas, donde parte seu belo artigo. Cada vez mais envolvido com sistemas complexos e, o ser humano, profissional, maior exemplo disso, procuro manter certa cautela. Primeiro que o maior problema é predizer seu comportamento, em termos de riscos e incerteza. As fórmulas estatísticas que uso são somente uma aproximação, uma tentativa de compreender quantitativamente o comportamento de um sistema. Mas falamos de seres humanos e, o qualitativo só pode ser compreendido na experiência das relações com o outro.Assim, consideremos: por mais complexo que possa ser um sistema, ele pode se manter, não eternamente, mas inativo por um período relativamente longo de tempo. Algumas empresas irão compreender isso como uma árvore que não dá frutos, um imediatismo perigoso. Sistemas complexos e inteligentes podem gerar um surto de criatividade e inovação mudando completamente os destinos de um negócio. Surge a questão: qual o limite, a linha divisória que compreende manter um funcionário aparentemente inerte e recebendo salário, frente à possibilidade de inovações radicais em um estágio indefinido?O segundo questionamento que faço diz respeito ao networking, ao gatekeeper fantasma. Trata-se do funcionário “adubador”. Ele mesmo, em si, não gera frutos, mas é uma espécie de “jardineiro”, anonimamente construindo a interatividade e sinergia de equipes de trabalho de alto desempenho. Normalmente, se trata de um coach alimentando a interatividade e o desempenho das equipes de profissionais da empresa. O problema, mais uma vez, é que seus “frutos” são ignorados, não percebidos.Em resumo, as métricas de produtividade, quantidade, qualidade e sabor dos frutos são muito úteis, mas não suficientes. E, absolutamente não deveriam servir de parâmetro para avaliação de funcionários potenciais. Essa questão é muito subjetiva, mas seu artigo instiga essa discussão. Afinal, é apenas na “biodiversidade” que os sistemas (empresas) sobrevivem. Empresas inteligentes deveriam ter a compreensão de que a organicidade vem dos seres que integram os seus quadros. Mais que individualmente, deveriam medir o fruto da interatividade das árvores que, como uma orquestra biologicamente afinada, constroem seu significado institucional. Apenas como uma floresta, um todo a gerar resultados e frutos, as organizações justificam sua existência. E, devem ter a consciência de que os frutos gerados são propriedade do conhecimento socializado da humanidade!

  2. Maravilha, Jozy! Tudo a ver mesmo. É preciso ainda mais cuidado com aqueles que conseguem enganar as pessoas certas, ou seja, os que irão “catapultar” suas carreiras. Contudo, intrigas não duram para sempre. Vamos continuar vendendo nossas maçãs. Parabéns!

  3. Oi Jozy ! Ótimo Artigo!

    Acho muito importante sempre refletirmos para consultar se estamos produzindo bons frutos! Afinal exigir que o mercado nos receba e nos reconheça é fácil, mas é necessário provar que somos merecedores atráves dos frutos que oferecemos!

    Continue com seus bons frutos!

    Parabéns!

  4. Existe também as árvores que tentam produzir mais muitas vezes são sufocadas pelas árvores altas, que estão mais tempo plantadas, e com isso nem recebem o sol que é de direito.
    A antiguidade no posto de trabalho, mesmo o funcionário sendo um exemplar, as vezes está ultrapassada por esse dinamismo que atropela a empresas sempre em busca de atualizações.
    Muito boa a matéria você está de parabéns e com certeza você dá bons frutos Jozy Machado 

  5. silviane kubala · Editar

    Josy….adorei a matéria….Vc é um exemplo do bom fruto….Porisso conduziu tão bem esta matéria
    Parabéns

  6. Ana Maria Fernandes Távora · Editar

    Gostei muito do artigo! Empresas profissionais e responsáveis preocupam-se com seu quadro funcional, acompanhando resultados e comportamentos pertinenetes à boa convivência com colegas e clientes. O excelente colobarador consegue atingir metas, relacionadas à clientela interna e externa, através da construção de uma relação clara, honesta e respeitosa. Dessa forma, os frutos colhidos pelas empresas serão os melhores. Valeu Josy!

  7. Cara companheira Jozy, Excelente comparação. Lobos em peles de cordeiros são mais perigosos, pela dissimulação. Bem comparado! Parabéns! Fico feliz que você utilize no mundo corporativo a doutrina do Mestre Jesus, Poucos tem a coragem de fazê-lo. Continue firme sempre assim! Deus te abençoe! Luiz

  8. É de grande valia saber que grande parte das empresas estão jogando fora os profissionais que não dão frutos, que denigrem a imagem delas. Muito bom o artigo e mostra que as parábolas de Jesus se aplicam perfeitamente nos dias de hoje.
    Parabens Jozy, você tem um feeling muito apurado e seus artigos estão cada vez melhores!

  9. Poderosa Jozy , adoro artigos que fazem uma reflexão mas que terminam com uma pergunta ,porque ai é a vez do leitor escrever .Pois como diz Maturana “Se não há perguntas ,não há tomada e consciencia ” e “Cheguei aonde cheguei porque levei a serio as perguntas que fiz “. Valeu ! Parabens .Leila

  10. É um artigo realmente interessante e que faz você pensar out of the box, o que é extremamente importante para os profissionais que se encontram hoje num mercado de trabalho tão insconstante e mutável como é o que vivenciamos hoje!

    Parabéns por um excelente texto e continue com o bom trabalho!

  11. Zuleide Soares · Editar

    Oi Jozy,

    seu artigo é realmente interessante e abre espaço para muitos comentários inteligentes e endossadores.

    Os lobos estão a solta, mas as ovelhas de hoje estão cercando-se de armaduras….entre elas a Ètica, Mesmo que a passos lentos !
    Sucesso,

  12. Ola Jozy!
    Como sempre está de parabéns pelas matérias apresentadas de muita qualidade e que agregam valor aosprofissionais da área. Sem dúvida nenhuma que profissionais camuflados estão infiltrados em todos os setores de uma organização. Mas é impossível que ele s represente o tempo todo, sendo assim logo serão cortados, bem como disse da parabola, até porque pode contaminar as outras e para uma organização prosperar como uma árvore há de se ter árvores que de frutos bons, maduros e de boa qualidade.
    Assim como é vc uma pessoa e profissional que está semeando sementes da árvore boa que já possuí e bons frutos,mas que não só vc colherá , mas todos nós com profissionalismo brilhante e suas materias maravilhosas.Bjs

  13. Bom dia Jozy….
    Excelente matéria!
    Como contribuição: “Só se conhece o bom marinheiro na hora da tempestade”. Significa que não é só no momento de grande turbulência que é a hora do profissional aplicar e demonstrar toda a sua energia e conhecimento para que o navio (leia-se empresa) não naufrague! Significa estar atento e preparado pessoal e profissionalmente para enfrentar os obstáculos e desafios do cargo ou da própria vida pessoal. Significa ter visão de futuro; significa comprometimento; significa ter atitudes pró-ativas….fora disso, é impossível enganar a todos em todos os momentos….a verdade sempre aparece e os incompetentes desaparecem!!!

    Forte Abraço—- Dirceu

  14. Olá Jozy, Parabéns pelo artigo, hoje vemos pessoas super insatisfeitas, reclamando de tudo na posição que ocupa na empresa pelo fato de fazerem algo que não estão capacitadas enquanto poderiam ter sucesso em outra posição.

  15. Josy
    Parabéns pela bela colocação sobre o profissional e o profissionalismo. Não poderia ter sido melhor a comparação feita. Um grande abraço!
    Prof. Rita Alonso

  16. 🙂 Olá, amiga !!!
    Não basta conquistar a Sabedoria é preciso usá-la, e isso vc faz muito bem, em outras palavras
    Mestre não é quem ensina,mas quem derepente se dispõe a aprender,desta sua matéria eu aprendi,
    que quando perguntarem se podes fazer um trabalho, responde que sim e te ponhas a aprender como faz…
    Admiro muito o seu trabalho Jozy, e mais uma vez PARABÉNS, vc merece ir muito mais além… BJKS, Zilene

  17. Oi Josy,
    seu artigo é bastante interessante e abre espaço para muitos pensamentos, vou colocar um deles aqui: atualmente percebemos uma mudança tanto nas pessoas quanto nas corporações, empresas movidas por inteligência, gestão de pessoas, inovação, controle de qualidade, visão estratégica e resultado. Pessoas movidas por desafios, trocas de experiências, formação, informação, valores e satisfação. Creio que o FRUTO que cada colaborador tende a gerar vincula-se com a CRIAÇÃO DE SENTIDO para o sujeito na relação dele com o meio corporativo. Numa via dupla entre empresa e colaborador, caberá a cada um aceitar o desafio, sempre à disposição, de sair do pensamento inerte e transformar o dito “normal”, compreendendo, inclusive, a importância do seu papel diante do cenário empresarial no qual se encontra.

  18. Parabéns….adorei.
    Depois quero conversar com você sobre o assunto.

    Continue…..nunca desista……bjs

  19. Maria Erilúcia · Editar

    Artigo super pertinente no que tange o profissional de qualidade, não adiante ser só bom, tem que buscar a excelência sempre, num mundo tão globalizado, de mercados tão renováveis a cada dia?A autora foi muito feliz no artigo, para mim de grande relevância para todos os profissionais, independente do ramo que atua.
    Parabéns

    😉 😆 😆

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