Talento

Ana Lúcia
Ana Lúcia: "Se Talento vale ouro, por que deixá-lo à deriva".

O que você faria se, de repente, um componente de sua equipe de trabalho revelasse que possui 30 quilos de ouro puro, puríssimo?

 Tomaria fôlego e, é quase certo, que perguntaria: -O que você pretende fazer com tanto ouro?

Ouviria com atenção verdadeira? Ajudaria a pessoa a encontrar a forma mais rentável de aplicar riqueza tão valiosa?

De certo que sim.

 Ou será que não?

Explico. Talento é, originalmente, o nome de uma moeda romana e significava algo entre 27 a 36 quilogramas de metal. Muito valioso o talento. Tão valioso que sempre era tratado com produtivo respeito. O talento era posto a trabalhar para gerar mais talento, mais riqueza , segurança e conforto. Era até mesmo repartido em dotes o que propiciava o começo de novas famílias, novos negócios, vai por aí.

Por um processo de analogia, modernamente, chamamos talento dons aparentemente inefáveis, competências várias, ou seja, o que torna cada ser humano único. Dizemos que a riqueza de nossas organizações está em nossos talentos e muitas outras frases de efeito.

Mas, será que temos criado mesmo as condições e o cenário adequado ao florescimento pleno dos talentos que nos são confiados? Ou será que os deixamos na prateleira, sem luz, sem sol, sem água, sem desafios que os façam vicejar?

Dia destes, em conversa com uma jovem profissional de RH ouvi o seguinte relato: – Sabe, Ana, eu gosto de trabalhar aqui. Gosto da equipe, do trabalho que desenvolvo, recebo boa remuneração; trabalho perto de casa , o que é muito confortável, mas estou pensando em buscar nova posição. Perguntei por que.

Ela, então, fez um gesto de desânimo e me disse:-Ana, não há mais nada para aprender, para desenvolver aqui. Daqui para frente será sempre a mesma coisa. E ela tem apenas 30 anos. Triste destino seria mesmo este. E para escapar dele, é necessário sair-se , aventurar-se.

Fiquei pensando se isto teria que ser inevitável ou não.

Creio profundamente que não.

Estou firmemente convencida de que um elaborado Processo de Coaching é uma excelente ferramente não só de desenvolvimento como , principalmente, de fixação de Talentos dentro de uma organização.

Se Talento vale ouro, por que deixá-lo à deriva. Acho infinita ingenuidade quando me dizem em resposta à proposta de realização de Processos de Coaching que muito oneroso. Será mesmo? Qual o custo de captar, selecionar, integrar, treinar uma pessoa em uma organização? Sabemos que é grande, muito grande. E o custo do dia a dia desta pessoa na organização? Alto. Então, por que nos permitimos ” jogá-la fora” , deixá-la partir quando ela deseja ardentemente crescer, expressar-se?

Se Talento mais se vislumbra do que se define e se reconhecemos que Talento precisa circular, ser livre para gerar riquezas, por que insitimos em amordaçá-los , acomodá-los em posições bem confortáveis? Não tem jeito ; sem o alimento necessário ou ele morre ou escapa.

Mas, por que o Coaching por ser considerado um antídoto a esta morte lenta ou à fuga?

Vejamos , então , no frigir do ovos, o que é mesmo Coaching , em linguagem simples, sem enredo.

O Coaching Integral é um trabalho onde o coach (profissional) ajuda o coachee a explorar e desenvolver questões relativas ao seu desenvolvimento pessoal e profissional ajudando-o a descobrir novas possibilidades de ação.

O trabalho de Coaching Integral tem o objetivo de alinhar e promover possibilidades de ação que desenvolvam o coachee a partir dos seus objetivos. É um processo durante o qual o coachee entrará em contato com suas crenças e valores internos, ou seja, consigo mesmo, redescobrindo capacidades que, por algum motivo, estavam adormecidas em sua vida pessoal ou profissional. Além disso, desenvolverá competências e habilidades.

 Fascinante, não é mesmo?

Um Processo de Coaching Integral bem conduzido areja a alma individual e coletiva. Tem profundo impacto no Clima da Organização e, portanto, na produtividade.

Um gestor que propicia à sua equipe vivenciar um Processo de Coaching e que o vivencia ele mesmo tem o estofo dos grandes exploradores, descobre possibilidades sequer vislumbradas.

O coach integral utiliza perguntas para esclarecer e incentivar a reflexão do coachee para as questões que ele próprio traz às sessões, explorando e descobrindo os valores intrínsecos em suas escolhas e ajudando o mesmo a descobrir novas possibilidades de ação. Não dá conselhos ou faz qualquer tipo de julgamento a respeito do coachee ou de qualquer assunto que ele traga para a sessão. Porém, divide conhecimentos e ajuda a planejar estratégias. Digamos que um Processo de Coaching Integral bem construído e aplicado resulta na criação de um Plano Estratégico Individual que mantém , se alinhado com o Plano da Organização, cada indivíduo permanentemente inspirado a buscar seu próprio brilho e valor a serviço do todo, ou seja, da equipe, da organização.

Resumindo , propiciar e vivenciar Processos de Coaching Integral com os talentos de sua equipe permite que tudo o reluz seja ouro de fato. Ouro puro. Puríssimo.

Sobre a autora:

Ana Lúcia de Matos Santa Izabel é graduada em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, pós-graduada em Administração em Recursos Humanos, master em PNL. É pesquisadora, consultora, professora, palestrante. Tem seus artigos publicados em jornais e revistas de circulação nacional.

e-mail: analucia@orioncomunicacao.com.br

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Uma Resposta para "Talento"

  1. Muito bom, Ana

    Então talento se desenvolve e os 30 quilos de ouro puro podem aumentar e valer ainda mais!

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